Queixou-se Francisco, o Chico
cisco no olho da paixão
belisca amor, feito petisco
tomando cachaça com limão
palma na calma, um chacoalhão
tapa na orelha, vermelha vergão
caxeta na mesa, surpresa ladrão
pipoco, troco, chumbo e tostão
deu briga no boteco
no jogo de marreco
disparo do Maneco
Chico no chão.
Arthur Vital
27.12.2008
sábado, 27 de dezembro de 2008
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Tudo Novo
E eu cheguei
sem chão, sem tostão
nem um pão pra me fartar
vagando nas idéias e trilhos
pensamentos maltrapilhos
pendurado pelas alças
da coragem, e a necessidade
tão devassa, de me provar
E eu só sei
que o socrático
nada sabe, e se soubesse
não faria lei só por saber
Sei, que a incerteza
é o esquivo prazer
de querer ser,
sem saber o que
nem pra que
e pra que saber?
E eu amei
de eriçar, de gritar
de repetir nome
na frente do espelho
amor de largar tudo
quero casar !
não quero mais
demais amei
amei pra ver
se o amor dizia
o que queria ser
se só um amor vadio
feito esses tantos por aí
ou quem sabe um amor de brio
feito desses de rainha e rei.
Arthur Vital
5.12.2008
sem chão, sem tostão
nem um pão pra me fartar
vagando nas idéias e trilhos
pensamentos maltrapilhos
pendurado pelas alças
da coragem, e a necessidade
tão devassa, de me provar
E eu só sei
que o socrático
nada sabe, e se soubesse
não faria lei só por saber
Sei, que a incerteza
é o esquivo prazer
de querer ser,
sem saber o que
nem pra que
e pra que saber?
E eu amei
de eriçar, de gritar
de repetir nome
na frente do espelho
amor de largar tudo
quero casar !
não quero mais
demais amei
amei pra ver
se o amor dizia
o que queria ser
se só um amor vadio
feito esses tantos por aí
ou quem sabe um amor de brio
feito desses de rainha e rei.
Arthur Vital
5.12.2008
sábado, 29 de novembro de 2008
Valsa pra Val
Pasmem!
Por um momento
achei que era o vento
e quis te levar,
pra dentro do verso
e te cantar
Vi voando várias vozes
varados violões
vestidos de vida
a desentoar:
Volta Val, que sem você
não há motivo pra valsa valsar
e me deixou com a cara colada no vitrô.
Arthur Vital
29/11/2008
Por um momento
achei que era o vento
e quis te levar,
pra dentro do verso
e te cantar
Vi voando várias vozes
varados violões
vestidos de vida
a desentoar:
Volta Val, que sem você
não há motivo pra valsa valsar
e me deixou com a cara colada no vitrô.
Arthur Vital
29/11/2008
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Boêmia
Minha inspiração é boêmia
movida a luar e cigarras
Da noite eu faço os versos
escuros escritos, cheios de farra
palavras em bandeira dois
Golfando esses verbos embriagados
que andam nos becos cegos de treva
gritando e doentes de rir,
caídos de lado, trovadores de sarjeta
essa é a causa dessas rimas perdidas
das imagens distraídas, desse ritmo torto
de poesia-esboço, que não sabe pra onde ir
que quando chega a alvorada
lembra o caminho de casa
e se esquece que na última madrugada
foi poesia debochada, não ligava pra nada
mas foi feliz.
Arthur Vital
28/11/200
movida a luar e cigarras
Da noite eu faço os versos
escuros escritos, cheios de farra
palavras em bandeira dois
Golfando esses verbos embriagados
que andam nos becos cegos de treva
gritando e doentes de rir,
caídos de lado, trovadores de sarjeta
essa é a causa dessas rimas perdidas
das imagens distraídas, desse ritmo torto
de poesia-esboço, que não sabe pra onde ir
que quando chega a alvorada
lembra o caminho de casa
e se esquece que na última madrugada
foi poesia debochada, não ligava pra nada
mas foi feliz.
Arthur Vital
28/11/200
Sobre a Música
Que venham os Dós e Lás
que rasguem-me os tímpanos
aumentem a frequência do meu pulsar
que desafinem, que brinquem entre si
descompassem a minha respiração
e o coração, que já nem sabe o por que
do acelerar
eu quero sentir
todas essas partículas
vibrando de cantar
contraponteando meus pêlos
eriçados, sinais de arte na pele
que essa harmonia revele
a origem do pranto
de soluçar
quero ouvir, seja samba ou jazz
comendo as palavras
travadas na garganta
e na emoção
diante de sons, tão reais
que não perca a majestade
essa música, voz da verdade
que não sei a explicação
abraço-te em tom menor
que é pra não me deixar,
jamais.
Arthur Vital
28/11/2008
que rasguem-me os tímpanos
aumentem a frequência do meu pulsar
que desafinem, que brinquem entre si
descompassem a minha respiração
e o coração, que já nem sabe o por que
do acelerar
eu quero sentir
todas essas partículas
vibrando de cantar
contraponteando meus pêlos
eriçados, sinais de arte na pele
que essa harmonia revele
a origem do pranto
de soluçar
quero ouvir, seja samba ou jazz
comendo as palavras
travadas na garganta
e na emoção
diante de sons, tão reais
que não perca a majestade
essa música, voz da verdade
que não sei a explicação
abraço-te em tom menor
que é pra não me deixar,
jamais.
Arthur Vital
28/11/2008
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Amor Proibido
Amarra e tranca num baú
os beijos, vagos de pensar
se é azul a indecência
rubro torna-se o pesar
E o segredo tilintando
ansioso pra fugir
com a surdina da vergonha
cala a culpa já gritando
sem coragem para ouvir
Até a quebra do encanto
seja ferro ou de cristal
escondidos pelos cantos
se entregando ao natural.
-
Minutos de amor proibido
compram uma vida direita?
Faz-se inútil questionar
a razão só anda à espreita
com a libido a governar.
26/11/2008
Arthur Vital
os beijos, vagos de pensar
se é azul a indecência
rubro torna-se o pesar
E o segredo tilintando
ansioso pra fugir
com a surdina da vergonha
cala a culpa já gritando
sem coragem para ouvir
Até a quebra do encanto
seja ferro ou de cristal
escondidos pelos cantos
se entregando ao natural.
-
Minutos de amor proibido
compram uma vida direita?
Faz-se inútil questionar
a razão só anda à espreita
com a libido a governar.
26/11/2008
Arthur Vital
terça-feira, 25 de novembro de 2008
3:53
Três e cinquenta e três
são só três
cada um na sua vez
sem tripudiar
nem pular
pra casa do seis
tremendo três
trouxe a tristeza
que só três e cinquenta e três
pode mostrar
espere às três
e cinquenta e três
(que agora é seis)
e verá.
25/11/2008
Arthur Vital
são só três
cada um na sua vez
sem tripudiar
nem pular
pra casa do seis
tremendo três
trouxe a tristeza
que só três e cinquenta e três
pode mostrar
espere às três
e cinquenta e três
(que agora é seis)
e verá.
25/11/2008
Arthur Vital
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Menino na Cidade Grande
As malas, quase prontas, já lacradas
pouca roupa, lembranças demais
uma trouxa de saudade amassada
e o furor de uma vida pra trás (ou à espera)
O inseguro afivela a coragem
o menino na frente de um prédio
já tarde não vê mais remédio
que possa adiar a viagem
o frio que incomoda suas tripas
espera-o na cheia estação
não sabe se bem ou mal vindo
que diz o vento entre as ripas
uivando esperando o verão
com um sol de deixar tudo lindo.
24/11/2008
Arthur Vital
pouca roupa, lembranças demais
uma trouxa de saudade amassada
e o furor de uma vida pra trás (ou à espera)
O inseguro afivela a coragem
o menino na frente de um prédio
já tarde não vê mais remédio
que possa adiar a viagem
o frio que incomoda suas tripas
espera-o na cheia estação
não sabe se bem ou mal vindo
que diz o vento entre as ripas
uivando esperando o verão
com um sol de deixar tudo lindo.
24/11/2008
Arthur Vital
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Poesia Empalhada
Madruguei olhando a lua
Me estufei de poesia
Empalhei-me de palavras
letras nuas, soltas no papel
Se a vida anda crua
e o sangue correndo a vácuo
Me perdôo por não ter
minhas dores sob um véu
Não roguei a transparência
Nem as chaves do armário
mas parece penitência
ter o peito feito aquário
Sem Acará, nem Lambari
é vazio, cheio de vão
minha palha chama arte
e a agulha, inspiração.
20/11/2008
Arthur Vital
Me estufei de poesia
Empalhei-me de palavras
letras nuas, soltas no papel
Se a vida anda crua
e o sangue correndo a vácuo
Me perdôo por não ter
minhas dores sob um véu
Não roguei a transparência
Nem as chaves do armário
mas parece penitência
ter o peito feito aquário
Sem Acará, nem Lambari
é vazio, cheio de vão
minha palha chama arte
e a agulha, inspiração.
20/11/2008
Arthur Vital
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Máquina
Eu sou a máquina
o moinho gerador
energia térmica
forno à paixão
Suor descendo entre as calhas
lubrificando os engenhos
ofegante força pneumática
sem compasso, pouco tenho
Ou a lenha me alimenta
estalando, é fogueira
é poeira, é cinzenta
é finada a motriz
E o mecânico que
de nada me adianta
que só brada:
"se alevanta! se alevanta!"
e desligo por motivos vis
20/11/2008
Arthur Vital
o moinho gerador
energia térmica
forno à paixão
Suor descendo entre as calhas
lubrificando os engenhos
ofegante força pneumática
sem compasso, pouco tenho
Ou a lenha me alimenta
estalando, é fogueira
é poeira, é cinzenta
é finada a motriz
E o mecânico que
de nada me adianta
que só brada:
"se alevanta! se alevanta!"
e desligo por motivos vis
20/11/2008
Arthur Vital
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Pássaros
Um pássaro, livre e selvagem
que tem vida independente
canta, voa e as vezes sente
Bate asa embriagado
de brisa e libertinagem
Que faz dos seus vôos só
combustível do pecado
Entranhado com as corujas
e com tudo que é virado
Num passeio cotidiano
Se encantou por uma ave
não estava nos seus planos
Esses bichos de gaiola
Ele, é ave de rapina
Que só quer gozar da vida
Diz que nunca se inclina
Por bobagens de paixão
Mas o ser lá da gaiola
era tão encantador
Seduziu a passarola
Despertou-lhe um amor
Se envolveram, entre-grades
sem ligar para o mais tarde
só comendo de vaidade
de luxúria e pouco arroz
Eis que um dia o esperado
Nosso pássaro danado
Sem querer se apaixonou
E ficou tão desolado
encontrou um obstáculo
Entre ele e seu amor.
19/11/2008
Arthur Vital
que tem vida independente
canta, voa e as vezes sente
Bate asa embriagado
de brisa e libertinagem
Que faz dos seus vôos só
combustível do pecado
Entranhado com as corujas
e com tudo que é virado
Num passeio cotidiano
Se encantou por uma ave
não estava nos seus planos
Esses bichos de gaiola
Ele, é ave de rapina
Que só quer gozar da vida
Diz que nunca se inclina
Por bobagens de paixão
Mas o ser lá da gaiola
era tão encantador
Seduziu a passarola
Despertou-lhe um amor
Se envolveram, entre-grades
sem ligar para o mais tarde
só comendo de vaidade
de luxúria e pouco arroz
Eis que um dia o esperado
Nosso pássaro danado
Sem querer se apaixonou
E ficou tão desolado
encontrou um obstáculo
Entre ele e seu amor.
19/11/2008
Arthur Vital
Esquartejamento
Desfiz-me dos olhos porcos
que só sombra, via d'alma
contemplando a carne morta
sentimentos na redoma
extirpei também ouvidos
que pra nada foram dados
se minha mente não compreende
o que tinha escutado
Desapus imisericordioso
das narinas e da boca
se aquelas só cheiravam
merdas que esta tanto evoca
indiferente, amputei os membros
com gangrena de pecado
pouco me vale essas pernas
se pra andar, não tenho usado
hoje continuo podre
pensamentos envermados
mas de atos nada faço
pois sou só um aleijado.
Arthur Vital
12/11/2008
que só sombra, via d'alma
contemplando a carne morta
sentimentos na redoma
extirpei também ouvidos
que pra nada foram dados
se minha mente não compreende
o que tinha escutado
Desapus imisericordioso
das narinas e da boca
se aquelas só cheiravam
merdas que esta tanto evoca
indiferente, amputei os membros
com gangrena de pecado
pouco me vale essas pernas
se pra andar, não tenho usado
hoje continuo podre
pensamentos envermados
mas de atos nada faço
pois sou só um aleijado.
Arthur Vital
12/11/2008
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